Evento que harmoniza os mundos real e virtual termina hoje/ Event that harmonizes the real and virtual worlds ends today

0 1.003

Hoje é o dia derradeiro para visitar e participar da exposição “Disruptiva ― A arte eletrônica na época disruptiva”, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio. Nela, a ruptura é simples de entender: você não só aprecia as obras de artistas de várias partes do mundo (Brasil, EUA, Holanda etc.) do jeito tradicional (olhando), mas também interage com essas obras, utilizando óculos 3D ou, simplemente, seu próprio corpo físico. Os mundos real e virtual oferecem sensações de alegria, surpresa e até um pouquinho de medo, pra quem não gosta de altura ou de confinamento. A ALTHERSWANKE foi à expo ontem e amou!/ Today is the last day to visit and participate in “Disruptiva – A arte eletronica na epoca disruptiva” event at Centro Cultural Banco do Brasil in Rio de Janeiro city (Brazil). In it, the rupture is simple to understand: you do not only appreciate the works of artists from Brazil, USA, Holland etc. in the traditional way (looking at them), but also interact with these works, using 3D glasses or, simply, your own physical body. The real and the virtual worlds offer sensations of joy, surprise, and even a little fear for those who do not like height or confinement. A team from ALTHERSWANKE went to the exhibition yesterday and loved it!

 

Logo na entrada da mostra, na sua maior parte no primeiro andar do CCBB, nós somos convidados a voltar à infância. Na obra “Swing” (“Balanço”), dos alemães Christin Marczinzik e Thi Binh Minh Nguyen, o real fica por conta de um balanço físico, como aqueles que vemos em playgrounds, e do movimento que o visitante vai imprimir sentando nele. O virtual vem dos óculos de realidade virtual colocados ao sentar no balanço. Enquanto se balança, o visitante experimenta a sensação de estar “voando” sobre um jardim e, depois, pelo espaço. A sensação de estar subindo no céu parece muito “real” (mas não é, lógico), tanto que, para quem não gosta de altura, pode dar até medo ou tontura. Neste caso, melhor mesmo é fechar um pouco os olhos. / At the very beginning of the exhibition, mostly on the first floor of the CCBB building, we are invited back to childhood. In the work named “Swing”, by German artists Christin Marczinzik and Thi Binh Minh Nguyen, the real world is due to a concrete swing, such as those we see in squares and playgrounds, and the movement that the visitor is going to print sitting on such a swing. The virtual world comes from the virtual reality glasses placed while sitting on the swing. While rocking, the visitor experiences the feeling of being “flying,” first through a garden and then through space. The feeling of being soaring in the sky seems very “real” (but it is not, of course), so much that, for those who do not like height, it can even give a sensation of fear or dizziness. In this case, the best thing is to close one’s eyes a little bit.

 

A ALTHERSWANKE experimentou a obra “Swing”, misto simultâneo de movimento real com movimento virtual, e recomenda. Só é preciso paciência, pois, a cada hora, participam apenas 15 pessoas. A fila é sempre grande e, hoje, deve estar maior ainda. A cada hora, podem participar duas pessoas em regime de prioridade (maiores de 60, portadores de deficiência, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo e obesos). Não podem participar pessoas que pesem mais de 120kg./A team of ALTHERSWANKE experimented “Swing”, a simultaneous mix of real and virtual movements, and recommends the trial. One only needs patience, because, every hour, just 15 people can take part in it. The queue is always big and today, because it’s the last day of the event, it must be even bigger. Every hour, two people can participate in a “priority mode” (over 60 years old, disabled, pregnant, nursing, people with children, and obese ones). People weighing more than 120 kilograms cannot participate.

 

Então, há mais de 20 obras e algumas incluem filas para quem quer interagir, mas vale a pena. Outra que chamou a nossa atenção foi “Be Boy Be Girl” (Seja Garoto Seja Garota, em português), em que o visitante pode se sentir na pele de um homem ou uma mulher, de acordo com sua vontade, e “curtir” uma atmosfera de praia. Nossa sugestão é que se escolha o sexo oposto ao que se é na vida real. Os óculos de realidade virtual fazem o resto./So, there are more than 20 works and some include queues for anyone who wants to interact, but it’s worth it. Another work that caught our attention was “Be Boy Be Girl”, in which the visitor can “be” a man or a woman, according to his/her own will, and “enjoy” a beach atmosphere. Our suggestion is that one chooses his/her opposite gender. 3D glasses do the rest.

 

Mas a obra, do holandês Frederik Duerinck, não se resume a isso. “Be Boy Be Girl” é um experimento multissensorial, que envolve visão, audição, tato e olfato. Graças a um ventilador, sentimos “a brisa do mar” em nossa pele; e, graças a uma luz infravermelha, sentimos até um calorzinho./ But the work of the Dutchman Frederik Duerinck is not limited to that. It is a multisensory experiment, involving vision, hearing, touch, and smell. Thanks to a fan, we felt “the sea breeze” on our skin; and, thanks to an infrared light, we felt even a warmth atmosphere.

 

“The Physical Mind” (“A Mente Física”, em português), do holandês Teun Vonk, é outra obra com fila. A instalação convida o público a ser espremido entre dois objetos infláveis. Mas a pessoa precisa ter mais de 50 quilos e a pesagem é feita com a balança do evento. Segundo o autor, a aplicação de pressão no corpo pode relaxá-lo. Esse estímulo físico alivia o corpo de estresse./“The Physical Mind,” by Dutch Teun Vonk, is another work with queue (sorry!). The installation invites the audience to be squeezed between two inflatable objects. But the person must have more than 50 kilograms and the weighing is done with the scale of the event. According to the author, the application of deep pressure in the body can relax it. This physical stimulus relieves the body from stress.

 

“The Physical Mind” é a tentativa de Vonk de deixar os participantes experimentarem a relação entre seus estados físicos e mentais aplicando pressão física ao corpo. O participante deita-se para, depois, ser erguido e suavemente espremido entre as curvas dos dois objetos. Enquanto o levantamento cria um sentimento instável, esta sensação estressante é logo em seguida contrastada com a sensação de segurança de ser suavemente espremido entre dois objetos macios./ “The Physical Mind” installation is Vonk’s attempt to let participants experience the relationship between their physical and mental states by applying physical pressure to the body. The participant lies down to later be erected and gently squeezed between the curves of the two objects. While the lifting creates an unstable feeling, this stressful sensation is immediately contrasted with the sense of security of being gently squeezed between two soft objects.

 

No térreo do prédio do CCBB, a obra “Nemo Observatorium 02000 – 02002”, do belga Lawrence Malstaf, é composta por um grande cilindro transparente de PVC (vinil), partículas de isopor, cinco ventiladores e uma cadeira, onde a pessoa que interage com a instalação se senta. O isopor é soprado por um dos cinco ventiladores, simulando a situação de um furacão. Fila para enfrentar./  On the ground floor of CCBB’s building, Lawrence Malstaf’s “Nemo Observatorium 02000 – 02002” is composed of a transparent PVC cylinder, styrofoam particles, five fans, and a chair where the person interacting with the installation sits. The styrofoam particles are blown by one of the five fans, simulating the situation of a hurricane. Queue to face.

 

No térreo, outra obra é “Shrink 01995”, também de Lawrence Malstaf. Duas grandes folhas de plástico transparente e um dispositivo que, gradualmente, suga o ar entre elas deixam um corpo embalado a vácuo e verticalmente suspenso. O tubo transparente inserido entre as duas superfícies permite que a pessoa dentro da instalação regule o fluxo de ar. Uma nova fila a encarar./ On the ground floor, another work is called “Shrink 01995”, also by Malstaf. Two large sheets of clear plastic and a device that gradually sucks the air between them leave a vacuum packed and vertically suspended body. The transparent tube inserted between the two surfaces allows the person inside the installation to regulate the airflow. Another queue to face.

Entre as obras que não têm filas, sugerimos “Simulacra” (imagens aparecem em monitores somente com a visualização através de lupas), by Karina Smigla-Bobinski (Alemanha); “To Reverse Yourself” (um painel espelhado, com um corte feito para ser preenchido pelo rosto de um participante, reflete uma imagem híbrida que combina o corpo do espectador e o rosto do participante), criação de Bohyun Yoon (Coreia); Vídeo-Boleba (em um aparelho de televisão, dois meninos se revezam jogando bolas de gude, que, ao sumirem da cena da TV, aparecem pela lateral da tela, espalhando-se no espaço próximo ao público e dando continuidade à cena no plano material), de Celina Portella (Brasil)./ Among the works that do not have queues, we suggest “Simulacra” (some images appear on monitors only with magnifying glasses), by German artist Karina Smigla-Bobinski; “To Reverse Yourself” (a mirrored panel, with a cut made to be filled by the face of a participant, reflects a hybrid image that combines the body of the viewer and the face of the participant), by Bohyun Yoon (Korea); Video-Boleba (on a TV set, two boys take turns playing marbles, which, as they disappear from the TV scene, appear on the side of the screen, spreading in space close to the audience and continuing the scene on the material plane ), by Celina Portella (Brazil).

A exposição “Disruptiva – A arte eletrônica na época disruptiva” integra o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), evento itinerante nascido em São Paulo, em 2000. O endereço do CCBB é Rua Primeiro de Março, 66, Centro. A exposição termina hoje às 21h. Entrada franca e classificação livre./ “Disruptiva – A arte eletrônica na época disruptiva”  exhibition is part of Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), a traveling event born in Sao Paulo in 2000. The address of CCBB is Rua Primeiro de Março, 66, downtown Rio. The exhibition ends today at 9pm. The entrance is free of charge and children are allowed.

 

você pode gostar também Mais do autor

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.